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Investimentos

Terça-Feira, Dia 07 de Junho de 2016 as 14:06:36



INVESTIMENTOS - Carteira Sugerida de Ações em Junho 2016


Carteira Sugerida - Julho de 2016
 
Fed renova incertezas futuras sobre elevação de juros
 
Perspectivas.
 
Nos EUA, os dirigentes do Fed advertiram o mercado ao longo do mês, em um tom mais incisivo, que os juros poderão subir em breve. A presidente do órgão, Janet Yellen, proferiu discurso no último dia 27, no qual citou: “se a economia continuar a melhorar, será apropriado subir juros cautelosamente, nos próximos meses”. 
 
Os agentes ainda não compraram a ideia no curtíssimo prazo, não prevendo elevação na decisão de 15 de junho próximo. 
 
Todavia, a probabilidade implícita nos fed funds, que avançou de 26,1% no final de abril para 52,9% hoje, passou a sinalizar que poderá haver alta de juros na decisão subsequente, em 27 de julho. Caso continue a subir esta plausibilidade, os agentes anteciparão sua precificação sobre os ativos e os mercados de renda variável deverão sofrer revezes. 
 
Já na China, os dados divulgados indicam que a desaceleração econômica prosseguiu, podendo pressionar para baixo ainda mais os preços das commodities e impactar negativamente as economias emergentes. 
 
No Brasil, o último relatório Focus, com as projeções de mercado, deu indícios que o corte de juros poderá não ser tão grande quanto se estava esperando em 2016, bem como aumentou a chance de ocorrer mais tarde este ano. A próxima resolução do Banco Central está agendada para 8 de junho, onde não se espera alteração na taxa Selic.
 
 
Análise Gráfica. 
 
O Ibovespa, no gráfico mensal, havia superado uma LTB (linha de tendência de baixa) de fechamento e aparentava prosseguir ascendente. Todavia, foi realizando ao longo do mês e encerrou praticamente sobre esta linha.
 
Assim, o “divisor de águas” mostra-se na pontuação de encerramento mensal de 48.400 pts. Caso prossiga em movimento descendente, próximos suportes em torno dos 45.000 pts, dos 42.800 pts e dos 40.400 pts. 
 
Entretanto, se for um movimento de pull back altista, próximas resistências em 53.900 pts, 56.200 pts e 61.300 pts. De toda sorte, vale ressaltar que o índice ainda mantém tendência primária de baixa, que teve início após outubro de 2010, quando encerrou em 70.673 pts. 
 
 
Performance. 
 
O Ibovespa terminou aos 48.471 pts em maio - queda de 10,09%, depois de acumular +33,4% em três meses seguidos de ganhos, avançando agora +11,82% no ano, mas, recuando -8,13% em 12 meses. Preliminarmente, o volume médio diário da Bovespa foi de R$6,62 bilhões em maio, cerca de 11% inferior à média de abril, em R$7,42 bilhões (excluindo o dia 13, de vencimentos de índice futuro e de opções sobre o índice). Já o ingresso de capital externo apurou retirada líquida de R$1,444 bilhão até o último dia 27, reduzindo o acumulado no ano para R$11,845 bilhões.
 
O índice doméstico principiou o mês em baixa e, apesar de tentar alguma reação na  segunda semana, aprofundou sua tendência declinante a partir de meados de maio, até o fechamento. 
 
No mês, as ações que contribuíram ponderadamente como as maiores variações negativas foram: 
 
ITUB4     (R$29,05; -11,58%; giro R$  8,07 bilhões); 
BBDC4   (R$22,80; -11,90%; giro R$  5,71 bilhões); 
PETR4   (R$8,04;    -21,41%; giro R$11,13 bilhões); 
PETR3   (R$10,18; -23,29%; giro R$   2,43 bilhões); 
VALE5   (R$11,24; -28,59%; giro R$   8,92 bilhões); 
VALE3   (R$14,22; -27,78%; giro R$   2,62 bilhões); 
BBAS3   (R$16,47; -24,92%; giro R$   4,82 bilhões); 
ITSA4    (R$7,14;      -9,31%; giro R$   3,19 bilhões); 
BRFS3   (R$45,67;   -7,17%; giro R$   2,97 bilhões).
 
 
Vetores Fundamentalistas e Técnicos da Carteira
 
Mantidas e incluídas
 
*  CCRO3 – mantida (10%). O papel acompanhou o índice doméstico e recuou ao longo do mês de maio, porém de forma mais amena. Permanecemos otimistas com o potencial de valorização da ação e acreditamos que a CCR esteja bem posicionada financeira e estrategicamente para aproveitar a agenda de infraestrutura que continua como uma das pautas prioritárias do País.
 
*  CIEL3 – incluída (10%). Incluímos as ações da Cielo em nossa carteira mensal devido à resiliência de seu modelo de negócios. Acreditamos que a fase de elevação do custo operacional, motivada pelos grandes investimentos realizados, já ficou para trás e, assim, devemos começar a ver uma melhor eficiência operacional. Assim como o Itaú, as ações da companhia também estão sendo negociadas com um múltiplo P/L descontado em relação à sua média dos últimos dois anos. Neste cenário, diante de qualquer mudança de perspectiva da economia, a Cielo será beneficiada.
 
* EQTL3 – incluída (12,5%). A Equatorial Energia, holding das distribuidoras CEMAR (Maranhão) e CELPA (Pará), reduziu no 1T16 seu endividamento bruto em 3,8%, com dívida líquida/EBITDA de 1,8x - índice considerado baixo para o segmento, que opera com alta alavancagem. Cabe destacar que no 1T16, a companhia concluiu o término da implementação do sistema SAP em suas distribuidoras e, com isso, a perspectiva é de melhora em sua performance operacional nos próximos períodos. Apesar da queda do consumo de energia em todos os subsistemas no País, a CEMAR apresentou crescimento em seu volume de vendas em 3,4% A/A e aumento da receita bruta de fornecimento em 11,3% A/A. Análise Gráfica. Na virada do ano, o ativo superou um movimento baixista de curto prazo e uma congestão de prazo mais longo, configurando uma linha de tendência de alta. O movimento atual se reforça por um padrão em forma de diamante, com apoio em indicadores favoráveis de força e volume.
 
* FIBR3 – incluída (12,5%). A Fibria segue os mesmos bons fundamentos da Suzano em termos de cenário para o preço e demanda de celulose, além de perspectiva de alta para o dólar. Além disso, a companhia anunciou aumento de preços em seus principais mercados, a partir de 1 de junho, confirmando a tendência de alta que apontamos. Ademais, a companhia atualizou informações sobre seu projeto de expansão em Três Lagoas, com melhores perspectivas de capacidade produtiva e otimização nos desembolsos de Capex. Análise Gráfica. Ao longo do mês de maio, o ativo superou duas linhas sucessivas de baixa, com recuperação do balanceamento de volume e indicativos de força altista. O preço rompeu um triângulo simétrico, para níveis mais altos, e se confirmou em alta pelos gráficos semanal e mensal.
 
*  ITUB4 – incluída (20%). Optamos pela inclusão do Itaú como o representante do setor financeiro em nossa carteira. Assim como seus pares de mercado, o Itaú também foi impactado pelo significativo aumento das despesas de provisões, provocado pelo agravaento do risco associado a um cliente específico do setor de óleo e gás. Porém, em nossa opinião, acreditamos que o banco ainda está sendo negociado com um múltiplo P/L atraente, com desconto em relação à média dos últimos cinco anos, o que pode representar uma oportunidade no curto prazo.
 
 
CARTEIRA SUGERIDA - JUNHO 2016
 
Infraestrutura:   10,0%
Financeiro:       10,0%
Energia Elétrica: 12,5%
Papel/Celulose:   25,0%
Bancos:           20,0%
Comércio:         22,5%
 
* LREN3 – incluída (10%). Apesar do fraco desempenho do varejo no ano, principalmente no segmento de vestuário, a Lojas Renner vem apresentando resultados acima da média do setor e de seus pares. Historicamente tem entregado retornos acima do Ibovespa e vem se consolidando como a top pick do setor, pelo mercado.
 
* RADL3 – incluída (12,5%). Frente a um cenário de mercado ainda incerto, optamos por incluir a Raia Drogasil na carteira, considerando seu caráter defensivo, com atuação em um segmento resiliente e o fato de ser uma das ações do varejo com fundamentos intrínsecos mais robustos, como, por exemplo, um nível de execução operacional superior aos pares. Análise Gráfica. As sucessivas valorizações do ativo renovaram seus topos históricos, de modo mais consistente a partir de março. Apesar da oscilação observada em maio, a ação rompeu um triângulo simétrico, com retomada de indicadores gráficos, acima da linha de R$ 56,00. Mas o topo histórico em R$ 58,00 ainda pode acarretar alguma congestão.
 
*  SUZB5 – incluída (12,5%). Contrariando o movimento de forte queda observado no 1T16, observamos em maio uma estabilização no preço da celulose de fibra curta, além de uma evolução dos embarques, iniciada no fim de março deste ano, apontando uma possível retomada no preço da commodity, que, juntamente com o dólar, é o principal driver do setor. A Suzano apresentou resultados fortes no 1T16 com relação às vendas de celulose e, ainda, boa recuperação no segmento de papel, com foco no mercado internacional. Acreditamos que, para junho, o papel da companhia tende a repercutir as boas notícias do setor.Análise Gráfica. O papel acaba de superar uma linha de baixa de médio prazo e confirmou a reversão altista ao longo das últimas semanas. O padrão triangular de curto prazo foi superado e o preço passou a apontar para níveis mais altos, com expressiva confirmação no padrão mensal.
 
 
Excluídas
 
* BBDC4 – excluída. Optamos pela retirada do Bradesco de nossa carteira, devido à maior exposição ao segmento de pequenas e médias empresas, que está provocando significativo aumento nos indicadores de inadimplência. As ações do Bradesco apresentaram performance 19,5% superior ao Ibovespa no acumulado de 2016, enquanto o Itaú acumula um desempenho apenas 1,2% acima do índice doméstico, o que contribui para a substituição do representante do setor bancário em nossa carteira. Análise Gráfica. A cotação se valorizou de forma expressiva até a segunda quinzena do mês, mas perdeu força, com recuo dos volumes de negociação.
 
* BRFS3 – excluída. A BRF tem seguido bem de perto a perfomance do IBOVESPA. No mês de maio, especulações sobre um possível M&A com a empresa americana Tyson proporcionaram uma valorização momentânea para o papel. No entanto, a companhia pode continuar sendo pressionada ao longo do mês de junho, afetada pelos altos custos com grãos, motivo pelo qual optamos por excluí-la da carteira. Análise Gráfica. O preço do ativo não se mostrou capaz de superar as linhas de tendência de baixa de curto e médio prazo, com enfraquecimento dos indicadores gráficos.
 
* GOAU4 – excluída. A indústria siderúrgica vem sofrendo com dados negativos advindos da desaceleração da economia doméstica e, no mercado internacional, pelo excesso de oferta por parte da China, além de medidas antidumping de outros países, que vêm impactando os resultados das companhias no setor. Somados a isso, dados negativos no Brasil (produção e vendas de aço em queda) e na China (menores exportações e indústria automobilística mais fraca) no mês de abril colaboraram ainda mais para a queda dos papéis em maio. Com relação à Metalúrgica Gerdau, a acusação de envolvimento da companhia em investigações relacionadas a informações financeiras junto ao CARF devem continuar afetando o papel. Análise Gráfica. A sustentação acima da média de 200 dias perdeu força, com o estreitamento da volatilidade e com o recuo da força relativa.
 
* MIDA3 – excluída. A M. Dias Branco continuou sua trajetória de valorização no mês de maio, de acordo com nossas expectativas. No entanto, acreditamos que a desvalorização recente do dólar e o respectivo impacto positivo na margem da empresa já tenham sido precificados. Assim, como a empresa ainda depende de uma recuperação do mercado doméstico para melhores expectativas de resultados (maiores volumes vendidos), decidimos por excluir o papel da carteira. Além disso, a ação ultrapassou nosso preço-alvo de R$ 86/ação para o ano de 2016 e seu múltiplo P/L histórico de 16x (a empresa está sendo negociada a R$ 92,5 por ação e múltiplo P/L de 18,2x). Análise Gráfica. O papel se valorizou de forma expressiva, mas entrou
em congestão nos últimos dias, podendo enfraquecer o atual movimento de alta.
 
*  PETR4 – excluída. A expectativa de que a companhia reportasse ganhos com a variação cambial sobre o estoque da dívida em sua divulgação de resultados do 1T16 não se concretizou, uma vez que o resultado positivo da valorização do real no trimestre foi compensado por perdas de variação cambial diferida (oriundas da prática do hedge accounting). Apesar dos resultados positivos na comercialização de combustíveis no Brasil, o efeito da queda de volume tende a limitar os ganhos de curto prazo. Adicionalmente, uma possível revisão do plano de negócios de longo prazo pode acentuar a volatilidade durante junho. Análise Gráfica. A cunha de alta cedeu lugar a um topo duplo, em forte reversão baixista.
 
* RENT3 – excluída. Considerando que o segundo trimestre tende a ser sazonalmente mais fraco para a companhia, é possível que os investidores antecipem o movimento ao longo do mês do junho. Análise Gráfica. Após registrar forte alta ao longo do mês, a ação perdeu força e retomou o patamar médio anterior em torno de R$ 33,00.
 
*  SBSP3 – excluída. Análise Gráfica. O ativo renovou sucessivos topos históricos, mas perdeu o nível superior da banda de Bollinger, com enfraquecimento dos indicadores gráficos.
 
* TRPL4 – excluída. A expectativa de valorização do papel após a definição do valor (R$ 3,9 bilhões) e das condições de indenização, referentes a ativos não amortizados, se concretizou ao longo do mês de maio. Contudo, apesar do expressivo desempenho observado no mês, entendemos que os efeitos positivos relacionados a este fato extraordinário já estão precificados na ação e, no momento, não há outros fatores que possam impulsionar maiores ganhos no curtíssimo prazo. Análise Gráfica. Na 4 / 7 virada do mês, a ação acumulou força para efetivamente superar o importante topo histórico de mai/2012, mas perdeu a banda superior de Bollinger, com reversão do movimento.
 
* VALE5 – excluída. A companhia continua focada no desinvestimento de ativos non core, cujo target deve atingir US$ 15 bilhões nos próximos 18 meses. Nesse sentido, devemos ter novidades no curto prazo, uma vez que ativos menores, como os navios Valemax (7 ainda no portfólio, ~US$ 700 milhões), poderão ser mais facilmente vendidos. Todavia, riscos em função de uma queda acima do esperado no preço do minério e dados desfavoráveis da China podem exercer pressão negativa no papel. Análise Gráfica. A ação havia superado uma  formação triangular importante, ganhando força altista, mas enfraqueceu o movimento ao formar um segundo triângulo.
 
 
 
Confira no anexo a íntegra do relatório CARTERIA SUGERIDA DE AÇÕES - JUNHO DE 2016, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, JOSÉ ROBERTO DOS ANJOS, CNPI-P, RAFAEL REIS, CNPI, RENATO ODO, CNPI-P.

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, JOSÉ ROBERTO DOS ANJOS, CNPI-P, RAFAEL REIS, CNPI, RENATO ODO, CNPI-P.





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